O antigo príncipe herdeiro da Jordânia, Hamzah bin Hussein, está em prisão domiciliária, acusado de conspiração para destabilizar o reino
Fratura no seio da família real da Jordânia. O antigo príncipe herdeiro está a ser acusado de conspirar para "desestabilizar" o reino.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Ayman Safadi, disse um dia depois do príncipe Hamzah bin Hussein , meio-irmão do Rei Abdullah II, ter sido colocado sob prisão domiciliária.
"Ontem, o chefe de gabinete encontrou-se com Sua Alteza o príncipe Hamzah para lhe entregar esta mensagem, e pediu-lhe que parasse todas as atividades e movimentos que ameaçam a Jordânia e a sua estabilidade, mas Sua Alteza não respondeu, e tratou negativamente este pedido, ignorando os interesses da Jordânia e do seu povo".
Numa declaração gravada em vídeo, a partir da prisão domiciliária, Hamzah, tinha acusado a liderança do país de corrupção e incompetência. As críticas sem precedentes à classe dirigente ameaçam a estabilidade da Jordânia.
Hamzah é o meio-irmão do atual rei Abdullah da Jordânia. Ao aceder ao trono em 1999, Abdullah nomeou Hamzah como príncipe herdeiro, tendo revogado o título cinco anos mais tarde, para o dar ao seu próprio filho.
As clivagens não põem em causa os apoios internacionais da monarquia jordana
Os EUA, o Reino Unido e as potências regionais, incluindo o Egipto, a Turquia e a Arábia Saudita, manifestaram o seu apoio ao rei Abdullah, um aliado fundamental para o Ocidente, numa região muito volátil.
O conflito, o primeiro do género desde a criação do reino haxemita, há cem anos, tornou-se público no sábado, quando o príncipe Hamzah foi acusado de atividades nocivas para o reino e diversas personalidades jordanas foram detidas por "razões de segurança".