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Ucrânia: Residentes de Donetsk cansados do impasse das negociações com Kiev

Ucrânia: Residentes de Donetsk cansados do impasse das negociações com Kiev
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De  Francisco Marques com Reuters
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Apesar de todas as notícias que temos recebido desde o leste da Ucrânia, a verdade é que na capital da região de Donetsk Oblast a vida dos cidadãos

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Apesar de todas as notícias que temos recebido desde o leste da Ucrânia, a verdade é que na capital da região de Donetsk Oblast a vida dos cidadãos, contam-nos vários colegas da equipa ucraniana da euronews, prossegue dentro da normalidade possível.

A cidade é controlada pelos separatistas pró-russos da autoproclamada República Popular de Donetsk, mas boa parte dos serviços básicos como o gás e a eletricidade são assegurados a Donetsk pelo Governo ucraniano.

Até as pensões são asseguradas aos habitantes de Donetsk, mas neste caso, desde dezembro, apenas para os que se deslocarem a territórios controlados pelas forças fiéis a Kiev, com o tráfego a ser possível para civis, garantem-nos, entre as duas barricadas.

PHOTOS: Caught in the crossfire in east Ukraine. pic.twitter.com/G8cu6vnoCS

— Reuters Top News (@Reuters) 30 janeiro 2015

Os cidadãos de Donetsk começam, contudo, a revelar saturação face a este impasse na busca por uma solução política para a região. “Até quando vão ter eles de negociar? Para mim, o nosso Governo ucraniano só entende o uso da força. É força contra a força. Não entende mais nada e continuam apenas e só com promessas”, acusa Nataliya Alekseyenko, uma residente.

Outra, Esfira Papunova, perdeu o optimismo: “Não espero nada. Estou tão cansado. Já andamos nisto há tanto tempo. Como ainda não houve resultados até agora, eu já não espero nada.”

Civilians flee eastern #Ukraine town as fighting intensifies #nocommenthttps://t.co/u99NrWP3K7

— no comment TV (@nocomment) 6 fevereiro 2015

Esta semana, entretanto, o distrito de Solnechny, no sudoeste da grande Donetsk, foi uma das zonas mais atingidas pelos bombardeamentos contra posições estrategicas dos separatistas.

Vários edifícios, numa zona residencial, foram parcialmente destruídos e os habitantes ficaram, inclusive, privados de água, aquecimento e eletricidade.

O pior cenário vive-se, porém, em Debaltsev, uma cidade entre as grandes metrópoles de Donetsk e Luhansk, vista por ambos os lados do conflito como importante ponto estratégico na região. Os combates provocaram uma grave crise humanitária, que motivou o acordo de umas tréguas temporárias para que a população civil possa abandonar a cidade.

On 1-3 Feb UNHCRUkraine</a> provided aid to 2,000 evacuees from <a href="https://twitter.com/hashtag/Debaltseve?src=hash">#Debaltseve</a> and <a href="https://twitter.com/hashtag/Avdiivka?src=hash">#Avdiivka</a> <a href="http://t.co/JbnJXAP3yQ">http://t.co/JbnJXAP3yQ</a> <a href="http://t.co/N1uF9J3Lbj">pic.twitter.com/N1uF9J3Lbj</a></p>&mdash; UNHCR Ukraine (UNHCRUkraine) 4 fevereiro 2015

A trégua humanitária começou às 10 horas (menos duas horas em Lisboa) e prolonga-se até às 17 horas (15h em Lisboa), informaram os separatistas a uma agência de notícias pró-russa do leste da Ucrânia.

A agência russa RIA-Novosti reportou a saída de dezenas de autocarros do centro de Debaltsev com dois destinos: Donetsk, a capital da região e bastião dos separatistas, e Slaviansk, cidade sob controlo dos militares ucranianos.

France, Germany make last-ditch peace effort as U.S. weighs arming Ukraine http://t.co/jnX2J3DP99pic.twitter.com/ByzDAkVfXx

— Washington Post (@washingtonpost) 6 fevereiro 2015

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