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Ébola: Regresso às aulas na Libéria após 7 meses de encerramento das escolas

Ébola: Regresso às aulas na Libéria após 7 meses de encerramento das escolas
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De  Dulce Dias
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Com a taxa de novas infeções a diminuir significativamente nas últimas semanas, o Estado decidiu reabrir as escolas

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Esta segunda-feira foi sinónimo de regresso às aulas para todos os alunos da Libéria, após sete meses de encerramento das escolas para evitar a propagação da epidemia de ébola.

A maioria das escolas reabriu no passado dia 16, mas agora todos os estabelecimentos do país estão finalmente abertos, apesar de ainda haver receios de uma recrudescência dos contágios.

“Reabrir as escolas enquanto a crise de ébola continua não é o melhor, mas tem de ser. Não podemos simplesmente ficar em casa sem fazer nada e sem continuar a nossa educação. Isso seria ainda pior”, diz Alice Beh, uma estudante.

Tanto mais que, como explica o professor Clarence Pillepor, o encerramento temporário das escolas põe em causa é o próprio futuro de toda uma geração de estudantes.

“Temos de pensar nos alunos. Muitos não voltarão à escola porque, enquanto estavam em casa, muita coisa aconteceu. Algumas raparigas ficaram grávidas, houve alunos que arranjaram trabalho… e esses alunos não vão voltar à escola”, lamenta o professor.

Com a taxa de novas infeções a diminuir significativamente nas últimas semanas, o Estado decidiu reabrir as escolas.

Entretanto, os professores foram formados para reagir aos casos suspeitos de febre hemorrágica e 5000 kits antiébola foram distribuídos nas escolas de Monrovia, a capital, para incitar os alunos a lavarem as mãos regularmente.

Além disso, o governo pediu aos diretores das escolas que não ultrapassam os 50 alunos por classe, para permitir uma maior distância entre as carteiras e menos contactos entre os estudantes.

Dos três países mais afetados pelo ébola, a Libéria é o segundo a reabrir as escolas. Na Guiné Conacri as aulas começaram a 19 de janeiro. Na Serra Leoa devem começar durante este mês.

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