A Lituânia celebra os 25 anos de independência da antiga união soviética, uma vez mais com os olhos postos em Moscovo. Milhares de pessoas
A Lituânia celebra os 25 anos de independência da antiga união soviética, uma vez mais com os olhos postos em Moscovo.
Milhares de pessoas participaram no desfile anual na capital, agitado pelo debate sobre a mobilização de forças da NATO para os países bálticos, face ao conflito na Ucrânia.
Vilnius tinha já proposto a reintrodução do serviço militar obrigatório para fazer face a um possível conflito fronteiriço.
No parlamento, a presidente lituana, Dalia Grybauskaite, lançou um apelo ao país, “hoje precisamos da mesma união, um quarto de século depois. Quando o ruído das armas volta a ser ouvido vindo da mesma direção. Quando as armas são utilizadas para silenciar a voz da liberdade”.
A celebração do aniversário da independência, no parlamento, foi marcada também por um discurso mais agressivo, por parte do primeiro presidente do país após a independência.
“Se a agressão dos loucos é imparável e se o império quer retomar as suas antigas colónias, a nossa história de sucesso pode tornar-se temporária e transformar-se em cinzas”, advertiu Vytautas Landsbergis.
As celebrações em Vilnius ocorrem um dia após o início do desembarque de 3 mil militares norte-americanos e mais de 120 veículos blindados na capital da vizinha Letónia.
Um contingente militar destinado a reforçar a segurança dos países bálticos face ao conflito na Ucrânia, quando quase metade dos lituanos (46%), segundo as sondagens, não acredita que a presença da NATO possa proteger o país de uma eventual invasão russa.