EventsEventosPodcasts
Loader
Encontra-nos
PUBLICIDADE

Cimeira das Américas histórica no Panamá

Cimeira das Américas histórica no Panamá
Direitos de autor 
De  Maria-Joao Carvalho
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

A XVII Cimeira das Américas, no Panamá vai ser histórica: primeiro por causa do degelo nas relações entre os Estados Unidos e Cuba, que participa

PUBLICIDADE

A XVII Cimeira das Américas, no Panamá vai ser histórica: primeiro por causa do degelo nas relações entre os Estados Unidos e Cuba, que participa pela primeira vez; e, segundo, porque os países sul-americanos nunca estiveram tão divididos. O presidente do Panamá tenta apaziguar os ânimos:
Juan Carlos Varela – A mensagem que a América envia a esta cimeira é muito importante. Estamos prontos a pôr de lado as nossas divergências ideológicas e políticas para nos concentrarmos no bem-estar dos povos deste continente. Penso que há uma aproximação e apoiamos os presidentes Obama e Castro nos esforços empregues para estabelecer relações diplomáticas.

Depois do famoso aperto de mão de Raul Castro e Barack Obama, no funeral de Nelson Mandela, em dezembro de 2013, a situação evoluiu bastante. Os dois presidentes vão reencontrar-se no Panamá, pela primeira vez, oficialmente, depois do anúncio do fim do embargo e da reabertura das respetivas embaixadas, no dia 17 de dezembro de 2014.

A maioria dos sul-americanos, que reclamava a reintegração de Havana nas instâncias regionais, aplaudiu o encontro, mas os anti-castristas e dissidentes em geral criticam-no. Houve mesmo confrontos.

A Cimeira das Américas, em que se reunem, todos os três ou quatro anos, os chefes de Estado e de governo de 35 países do continente americano, realiza-se desde 1994. Pretende abrir uma janela de diálogo que respeite os princípios da democracia e do comércio livre.

Na cimeira de 2009, em Trindad e Tobago, Obama fez a sua estreia. A ocasião foi marcada por uma reunião histórica com o líder venezuelano, Hugo Chávez, sete anos depois da tentativa de golpe, de George Bush, para o derrubar.

Este ano, um enviado norte-americano esteve em Caracas, a preparar a aproximação de Barack Obama e Nicolas Maduro, mas não parece que a via do diálogo esteja verdadeiramete aberta. Está a decorrer uma campanha venezuelana de repúdio à declaração dos Estados Unidos que assinala a Venezuela como uma ameaça. Nicolas Maduro avisou que já tem 9 milhões de assinaturas, e pretende entregar 10 milhões, a Obama, no Panamá.

Este ano, a crise do petróleo, o abrandamento do crescimento e as tensões na Venezuela, Brasil e Argentina, estão no centro do debate.

Um dos grandes protagonistas dos últimos anos foi o Brasil. A cimeira realiza-se num dos piores momentos da vida política de Dilma Roussef, por causa do escândalo de corrupção na Petrobrás, uma inflação de 8,1% e o desemprego que aumenta.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Cimeira das Américas termina com pacto para conter migração ilegal

Todos os 28 arguidos do processo de fraude fiscal "Panama Papers" foram absolvidos

Zelenskyy na Albânia para cimeira com países do sudeste europeu