O Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia confirmou a condenação a prisão perpétua de Zdravko Tolimir por genocídio e seis outros crimes
O Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia confirmou a condenação a prisão perpétua de Zdravko Tolimir por genocídio e seis outros crimes cometidos durante a guerra civil na Bósnia.
O antigo general considerado o braço-direito do comandante do exército sérvio-bósnio Ratko Mladic já tinha sido condenado. Esta quarta-feira, os juízes ratificaram por unanimidade em Haia a decisão de 2012, mas muitos consideram que ainda não foi feita justiça.
“Estou satisfeita porque vimos confirmada a pena de prisão perpétua que confirma a responsabilidade do genocídio em Srebrenica, mas não estou contente com o facto de não ter sido considerado responsável pelo que aconteceu em Zepa, no leste da Bósnia” afirma a presidente da principal associação de mães de Srebrenica e Zepa, Munira Subasic.
Adiado diversas vezes, o julgamento de Tolimir começou em 2007. O antigo general que sempre negou as acusações foi um dos poucos a ser condenado por genocídio.
“Estou contente com o veredicto, mas isto é apenas uma parte dos crimes de guerra cometidos em 1995” refere Kadira Gabeljic, da Associação Mães dos enclaves de Srebrenica e Zepa.
Além de genocídio, Tolimir também foi condenado por crimes como extermínio, perseguição e deslocação forçada durante uma guerra que provocou cerca de 100 mil mortos e mais de dois milhões de deslocados.
Ratko Mladic começou a ser julgado em 2012. O antigo chefe militar dos sérvios da Bósnia é acusado de 11 crimes, entre eles genocídio.