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Migração ilegal: OIM prevê 30 mil mortes no Mediterrâneo só este ano

Migração ilegal: OIM prevê 30 mil mortes no Mediterrâneo só este ano
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De  Francisco Marques com LUSA, OIM, CVI
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Organização Internacional para as Migrações (OIM) revela que desde o inicio deste ano já morreram 1776 migrantes ilegais no mar. Em todo o ano de 2014, morreram 3279

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O número de pedidos de socorro no Mediterrâneo não para de crescer. Só na segunda-feira, por exemplo, a guarda costeira italiana teve de socorrer pelo menos seis barcos em apuros, que tentavam chegar à Europa sobrelotados de migrantes ilegais.

Ao ritmo a que estão a suceder, contudo, os trágicos naufrágios, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) estima que o número de migrantes ilegais que perdem a vida no Mediterrâneo atrás do sonho de uma vida digna na Europa seja agravado dos mais de 3.279 do ano passado para cerca de 30.000 no final deste ano – um agravamento de quase 1.000 por cento.

IOM believes the latest death toll on the Mediterranean this year is now 1,727 #migrants. https://t.co/pUfw41U36Upic.twitter.com/iIikuhvxRY

— IOM (@IOM_news) 21 abril 2015

A OIM sustenta esta estimativa no balanço de vítimas destes primeiros três meses e meio de 2015 e, em particular, no ritmo a que as mortes têm acontecido nesta última semana — mais de 1200 reportadas. O número de migrantes ilegais mortos no mar que separa a África da Europa já ultrapassa a metade de todo o ano passado.

“Abril de 2015 está a ser o mês mais cruel de todos. É aquele em que estamos a ver morrer o maior número de pessoas. Só este ano, podemos contabilizar 1.776 mortes no Mediterrâneo”, detalhou, em Genebra, Adrian Edwards, o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

(function(d, s, id) { var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)0; if (d.getElementById(id)) return; js = d.createElement(s); js.id = id; js.src = “//connect.facebook.net/pt_PT/sdk.js#xfbml=1&version=v2.3”; fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);}(document, ‘script’, ‘facebook-jssdk’));> So far this year, 1,600 refugees & migrants have lost their lives trying to cross the Mediterranean sea.Image: UNHCR

Posted by UNHCR on Segunda-feira, 20 de Abril de 2015

Em Catânia, na ilha italiana da Sicília, estão os máximos responsáveis da Cruz Vermelha Internacional. Entre eles, o secretário-geral Elhadj As Sy e o vice-presidente e responsável pelo braço italiano da organização, Francesco Rocca. Os dois protagonizaram esta terça-feira uma conferência de imprensa, onde sublinharam o drama que está a tornar o Mediterrâneo num gigantesco cemitério e alertaram que “esta tragédia global não é sobre números e estatisticas, é sobre pessoas”. “Por tras de cada número, há uma história”, referiu Elhadj As Sy..

This is a global tragedy. This is not about numbers or figures, it is about people. Behind each number is a story. #Mediterranean#migrants

— Elhadj As Sy (@As_SyIFRC) 21 abril 2015

“Como é habitual, temos primeiro de contar centenas de mortos antes de conseguirmos prender a atenção da opinião pública sobre um fenómeno que há 20 anos afeta a Itália e todo o nosso continente europeu. E para o qual, até hoje, não conseguimos das instituições europeias uma resposta coordenada e atenta”, lamentou Rocca.

… dietro questi numeri, il dolore di chi migra e l'impegno di chi accoglie pic.twitter.com/9SJUc8SoDL

— Rosario Valastro (@rosariovalastro) 21 abril 2015

Já esta terça-feira, a guarda costeira italiana divulgou, por fim, um novo vídeo, no qual se vê um barco pesqueiro sobrelotado alegadamente a caminho da Europa, cerca de 80 milhas a sul da costa italiana da Calábria. As mais de 400 pessoas que seguiam a bordo foram resgatadas. Somente entre segunda e terça-feira, a guarda costeira italiana garante ter resgatado do alto mar um total de 1084 pessoas.

Equivalent of 5 passenger planes full of people have drowned last week alone http://t.co/VFSGx6XFAe#DontLetThemDrownpic.twitter.com/bEIE2mpJIh

— Amnesty UK (AmnestyUK) <a href="https://twitter.com/AmnestyUK/status/590221393146556416">20 abril 2015</a></blockquote> <script async src="//platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script> <p> <blockquote class="twitter-tweet" lang="pt" align="center"><p>E li chiamano disegnini! <a href="https://twitter.com/hashtag/gazebo?src=hash">#gazebo</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Makkox?src=hash">#Makkox</a> <a href="https://twitter.com/giusi_nicolini">giusi_nicolini Lampisa</a> <a href="https://twitter.com/CarlottaSami">CarlottaSamipic.twitter.com/hUGBJsEChr— alter(ata)ego (@chiaramigliore7) 21 abril 2015

(function(d, s, id) { var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)0; if (d.getElementById(id)) return; js = d.createElement(s); js.id = id; js.src = “//connect.facebook.net/pt_PT/sdk.js#xfbml=1&version=v2.3”; fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);}(document, ‘script’, ‘facebook-jssdk’));> Abril foi o mês mais cruel do ano para refugiados e migrantes no Mar Mediterrâneo. Muitos deles partem da Líbia para o…

Posted by Acnur/Unhcr Américas on Terça-feira, 21 de Abril de 2015

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