Falharam as negociações da TAP com os pilotos, que avançam esta sexta-feira para uma paralisação de dez dias. Os pilotos justificam a greve acusando
Falharam as negociações da TAP com os pilotos, que avançam esta sexta-feira para uma paralisação de dez dias.
Os pilotos justificam a greve acusando o Governo de não cumprir o acordo assinado em dezembro de 2014, nem um outro, de 1999, que lhes dava direito a uma participação no capital da empresa no âmbito da privatização.
De nada serviram os apelos do presidente da República, do líder da oposição e de vários membros do governo.
Na véspera o Governo português fez um derradeiro apelo aos pilotos da TAP para que dessem prioridade aos interesses da empresa e do país.
O vice-primeiro-ministro e líder do CDS-PP, Paulo Portas, apelou hoje aos pilotos da TAP para não fazerem a greve de 10 dias, porque é um “abuso” e vai dar cabo da tesouraria da empresa.
“O que eu faço é um apelo: pensem no país, pensem no turismo, pensem na economia, pensem na vossa empresa. A TAP é importante, não contribuam para a destruir. A TAP é importante hoje e amanhã. Não façam greves de 10 dias num mês, isso dá cabo da tesouraria de uma empresa”, disse Paulo Portas.
A comissão de trabalhadores da TAP voltou a exigir na quinta-feira que seja travada a privatização da empresa, acusando o Governo de exercer chantagem com a ameaça de reestruturação e corte de pessoal.
Os dez dias de greve podem afetar cerca de 3 mil voos e 300 mil passageiros.
De acordo com a TAP, a greve representa perdas diretas de cerca de 70 milhões de euros, sem contar os custos para a imagem. Para o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) estão em causa cerca de 30 milhões de euros, menos de metade do valor indicado pela companhia.