A crise política adensa-se na Macedónia, dias depois dos violentos confrontos entre a polícia e um grupo de rebeldes de origem albanesa, em Kumanovo
A crise política adensa-se na Macedónia, dias depois dos violentos confrontos entre a polícia e um grupo de rebeldes de origem albanesa, em Kumanovo, que provocaram 22 mortos.
Os ministros do Interior e dos Transportes da Macedónia, assim como o diretor dos serviços secretos demitiram-se na terça-feira.
O Governo escusou-se a explicar os motivos.
As demissões ocorrem num momento de forte tensão política.
O executivo de Nikola Gruevski está envolvido num escândalo de escutas telefónicas que indicia o alegado envolvimento do primeiro-ministro e de alguns membros do Governo, em casos de corrupção.
O escândalo foi revelado pelo líder da oposição social-democrata, Zoran Zaev.
Estes confrontos armados, os mais graves dos últimos 14 anos nesta antiga república da Jugoslávia, despertou profunda preocupação na NATO e União Europeia. Despertaram temores de um conflito semelhante ao de 2001, que opôs durante seis meses as forças macedónias aos rebeldes albaneses muçulmanos que reivindicavam mais direitos.
A oposição exige a demissão do Governo e convocou, para o próximo domingo (17 maio), uma manifestação antigovernamental.