Escândalo FIFA: Reinado de Blatter não resiste ao FBI

Escândalo FIFA: Reinado de Blatter não resiste ao FBI
Direitos de autor 
De  Maria-Joao Carvalho com New York Times, Euronews, LUSA
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O FBI foi mais forte do que o septuagenário suíço Joseph Blatter. A declaração de guerra dos investigadores norte-americanos forçou-o a dizer adeus

PUBLICIDADE

O FBI foi mais forte do que o septuagenário suíço Joseph Blatter. A declaração de guerra dos investigadores norte-americanos forçou-o a dizer adeus a uma cadeira que se tornou muito desconfortável ao fim de 17 anos e quatro dias no mais recente mandato.

A Federação Internacional de Futebol – FIFA – viveu uma semana negra, que começou no dia 27 de maio, em Zurique: foram detidos sete altos dirigentes no quadro de uma “investigação”: http://pt.euronews.com/2015/06/03/interpol-lanca-mandado-de-captura-contra-ex-dirigentes-da-fifa/ que revelou um sistema de poder com mais de 25 anos. As acusações vão de extorsão a branqueamento de capitais, corrupção e fraude.

A operação foi desencadeada em três continentes, nomeadamente na sede da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, América Central e do Caribe, com sede em Miami). No total, foram feitas 14 detenções, nomeadamente nove dirigentes da FIFA.
Os suspeitos terão embolsado subornos no valor de cerca de 150 milhões de dólares, desde a década de 90 até hoje, em troca de direitos televisivos e patrocínios na América Latina.

Têm direito a algemas: Jack Warner, ex-vice-presidente da organização e ex-presidente da CONCACAF, e Nicolás Leoz, antigo membro do comité executivo e presidente da CONMEBOL entre 1986 e 2013.

**Jeffrey Webb (Ilhas Caimão), Eugenio Figueredo (Uruguai), Eduardo Li (Costa Rica), Julio Rocha (Nicarágua), Costas Takkas (Gb), Rafael Esquivel (Venezuela) e José Maria Marin (Brasil).**Há ainda mandados de busca e de captura para três empresários argentinos (Alejandro Burzaco, Hugo Jinkis e Mariano Jinkis), acusados de subornos em valores superiores a 90 milhões de euros, e um brasileiro (José Margulies), todos do ramo das transmissões televisivas.

Paralelamente, noutro processo, estão a investigar-se alegadas irregularidades na atribuição do Mundial à Africa do Sul, em 2010, e a polémica escolha dos próximos Mundiais na Rússia, em 2018, e no Qatar, em 2022.

O último episódio deste escândalo longe do fim, foi o envolvimento do braço direito de Blatter, Jérôme Valcke.

O secretário-geral da FIFA, passou um cheque de 10 milhões de dólares para depósito em contas controladas por Jack Warner, acusado de ter recebido um suborno para ajudar a África do Sul a ganhar a organização do Campeonato do Mundo de 2010.
O presidente da federação da África do Sul, Danny Jordaan, diretor-executivo da candidatura sul-africana em 2008, disse que o dinheiro transferido a partir da FIFA não era um suborno, mas sim um legítimo pagamento ao fundo de desenvolvimento do futebol nas Caraíbas.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Interpol emite "alerta vermelho" contra ex-dirigentes da FIFA

Ministro da África do Sul reitera inocência no 'Fifagate'

FIFA: Blatter "fora de jogo"