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Impacto geoestraégico do acordo com o Irão no Médio Oriente

Impacto geoestraégico do acordo com o Irão no Médio Oriente
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De Maria-Joao Carvalho
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O tratado assinado entre o Irão e as potências mundiais só entra em vigor no prazo de 90 dias, quando for adotada uma resolução do Conselho de

O tratado assinado entre o Irão e as potências mundiais só entra em vigor no prazo de 90 dias, quando for adotada uma resolução do Conselho de Segurança. Imediatamente, foi considerado histórico, mas podemos esperar que dê mais estabilidade ao Médio Oriente, onde o Irão desempenha um papel como potência regional?

Vice-presidente do programa de segurança global e geoestratégia do centro de Estudos do Médio oriente, Jon B. Alterman: - Ele vai permitir gerir o risco que o Irão representava, que é o da proliferação. Não vai ter um impacto imediato para nenhum outro dossiês, nomeadamente do iémen à síria, ao Líbano e outros.

Na Arábia Saudita, o grande aliado dos EUA, o acordo foi oficialmente recebido como uma esperança para construir melhores relações com o rival xiita. Mas, nos bastidores, a potência regional sunita não esconde o desconforto. Riade teme que o acordo reforçe Teerão e o seu apoio aos inimigos dos sauditas na região.

Os dois rivais, sunitas e xiitas entraram em confronto aberto no Iémen, onde a “Arábia Saudita”: http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=4478503 está em campanha aérea contra os rebeldes xiitas, os Houthis, apoiados pelo Irão.

As duas potências estão a competir pela hegemonia no Médio Oriente. Teerão apoia as milícias xiitas no Iémen e no Iraque, o xiita Hezbollah no Líbano, o Hamas na Faixa de Gaza e Bashar al-Assad na Síria.

Os sauditas apoiam os rebeldes que tentam derrubar o presidente sírio que, entretanto, saudou o acordo e sugeriu que espera mais apoio da República Islâmica numa carta a Ali Khamenei.

No Iraque, os iranianos também apoiam as milícias xiitas, que lutam contra os jihadistas do Estado islâmico, um inimigo em comum com os Estados Unidos. Em Bagdade o acordo foi bem recebido pelo governo, dominado por xiitas, apesar da minoria sunita poder sentir-se ameaçada.

O outro grande inimigo do Irão na região, Israel, repete que o acordo não augura nada de bom. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não mudou nem uma vírgula do discurso que apresentou na tribuna da Assembleia Geral das Nações Unidas, há três anos : opõe-se a qualquer pacto com o Irão.

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