Turquia vive onda de atentados contra militares e polícia

Depois do terramoto que foi o atentado à bomba em Suruç, junto à fronteira com a Síria, a Turquia está agora a sofrer as réplicas.
Em vários pontos do país, foram mortos polícias e militares, nomeadamente em Ceylanpinar e Diyarbakir, no Curdistão turco.
A população curda aponta o dedo ao governo do AKP, do presidente Recep Tayyp Erdoğan. Acusa-o de ser cúmplice dos radicais do grupo Estado Islâmico, ao não intervir para impedir ataques como o de segunda-feira e não facilitar a entrada de refugiados curdos da Síria.
O vice-primeiro-ministro, Bülent Arınç, anunciou a construção de barreiras contra a entrada de terroristas no território: “Ao construir muros, o nosso objetivo é impedir a passagem dos terroristas e do contrabando. Queremos também direcionar o fluxo de refugiados para os vários pontos de entrada ao longo da fronteira”.
As manifestações contra o governo são agora diárias e um pouco por todo o país. São, sobretudo, os curdos a protestar. Uma das palavras de ordem é “governo assassino”.