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A história sem fim de Calais

A história sem fim de Calais
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De AI, ONU, RW, AFP, LUSA, Ponto Urbe
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Com os olhos postos no Reino Unido, Calais, em França, é a última paragem dos migrantes na longa jornada que esperam terminar no outro lado do

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Com os olhos postos no Reino Unido, Calais, em França, é a última paragem dos migrantes na longa jornada que esperam terminar no outro lado do canal.

Britain and France are announcing new measures today to contain the migrant crisis in Calais http://t.co/lt01vyO2S4 pic.twitter.com/fOs2O8sQNx

— The New York Times (@nytimes) August 20, 2015

Desde 1999, o centro Sangatte, dirigido pela Cruz Vermelha francesa, dava abrigo, assistência e alimentos aos “migrantes”: http://www.lefigaro.fr/actualite-france/2014/09/04/01016-20140904ARTFIG00169-l-afflux-de-migrants-a-calais-retour-sur-15-ans-d-impuissance-publique.php.

Em 2002, sob pressão do Reino Unido, a França decidiu fechar o centro por onde passaram 70 000 migrantes em três anos.

Nicolas Sarkozy: - É preciso passar a uma nova etapa, o encerramento definitivo, total, do centro de Sangatte. O “fecho”: http://www.migrationpolicy.org/article/sangatte-shutdown-signals-new-anglo-french-cooperation será efetuado no dia 30 de dezembro.

Nicolas Sarkozy, então ministro francês do Interior, alcançou notoriedade política ao conseguir que o Reino Unido desse asilo a 1200 dos 1600 migrantes de sangatte, entretanto, destruído.

Mas os migrantes não desapareceram por milagre com os acordos dos “políticos“http://pontourbe.revues.org/2467; instalaram-se nos campos. O terreno passou a ser conhecido como A Selva, até ser arrasado com buldozers, em 2009. O fluxo de migração continuou.

Calais migrants: a day in the life of The Jungle. By JamalMOsman</a> <a href="https://twitter.com/kieronjbryan">kieronjbryan https://t.co/rspgzTYXiw

— Channel 4 News (@Channel4News) August 17, 2015

Nos últimos dois anos, o número de migrantes em trânsito multiplicou-se por quatro, atingindo, em 2015, cerca de 18 200.

Hoje, estão 3000 em Calais.

Nos anos 90, os migrantes que chegavam à Europa sem papeis, diziam ser bósnios ou kosovares, para conseguir o estatuto de refugiados e um possível asilo político. No início da década de 2000, eram mais afegãos e iraquianos. Com a guerra na Síria, a nacionalidade síria passou a ser a chave do abre-te sésamo para os migrantes.

Em Calais, tal como em toda a Europa, as autoridades tentam reforçar a segurança das fronteiras. Os confrontos são cada vez mais frequentes.
O que parece impossível é parar o fluxo de seres humanos desesperados ao ponto de arriscarem a vida pelo sonho de um futuro no Velho Continente.

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