Foi com algumas vaias que Angela Merkel foi recebida na cidade alemã de Heidenau, onde visitou o centro de acolhimento que, este fim de semana, foi
Foi com algumas vaias que Angela Merkel foi recebida na cidade alemã de Heidenau, onde visitou o centro de acolhimento que, este fim de semana, foi palco de confrontos violentos.
Depois de falar com voluntários e refugiados, a chanceler alemã declarou o seguinte: “Temos de fazer um esforço conjunto para deixar bem claro que não vamos tolerar pessoas que colocam em causa a dignidade de outras pessoas. Não há tolerância para aqueles que não querem contribuir, numa altura em que é necessária ajuda humana e legal.”
Um apelo à solidariedade coletiva num país que estima receber, só este ano, 800 mil refugiados. Aliás, o governo alemão pretende reconverter antigos quartéis em abrigos e desbloquear 500 milhões de euros em subsídios federais para a assistência nestes casos.
Mas em Heidenau, há residentes que consideram que Merkel “chegou tarde demais. A Alemanha já tem problemas que chegue, os seus próprios problemas. A realidade é triste. Há pobreza infantil no país – é disso que ela tem de se ocupar primeiro”, afirmava um deles.
Este centro foi alvo de manifestações por parte de neonazis, o que originou confrontos com as forças policiais que envolveram também ativistas de movimentos de esquerda. Cerca de 30 agentes ficaram feridos. Heidenau fica perto de Dresden, a cidade que tem acolhido os principais ajuntamentos ultranacionalistas na Alemanha.