Os cerca de 17.000 retidos exigem poder seguir viagem para Atenas.
Na ilha de Lesbos, na Grécia, a situação começa a ser insustentável para os cerca de 17.000 migrantes e refugiados que continuam retidos, sem condições, à espera da autorização para viajarem para a Grécia continental.
Há muita gente em Mitilene e não há casas de banho, nem água, nem nada.
Pelo segundo dia consecutivo, grupos de pessoas tentaram embarcar num navio para Atenas e envolveram-se em confrontos com a polícia.
Queixam-se da estrutura quase inexistente para os acolher. O único gabinete para lidar com todos estes milhares de pessoas está instalado num contentor no porto de Mitilene, a capital da ilha.
As Nações Unidas pediram a evacuação imediata da ilha.
Vários vão chegando ao porto do Pireu, perto de Atenas e pretendem seguir viagem: “Há muita gente em Mitilene e não há casas de banho, nem água, nem nada”, conta um refugiado.
A ideia, para quase todos, é juntar-se à vaga que começa agora a chegar à Alemanha: “Não me preocupo muito se vou ficar na Grécia ou viajar para outro país da Europa. Quero estar num país onde seja respeitado como ser humano e para onde possa levar a minha família”, diz Hamad Alwadaan, que vem do Iraque.
O governo grego fretou dois navios para fazer o transporte, mas todos os dias há novos migrantes a chegar a Lesbos. O presidente da câmara de Mitilene já ameaçou boicotar as eleições do dia 20, se a situação não for resolvida.
Refugee 'beaten unconscious' as clashes continue with riot police on Greek island of Lesbos http://t.co/BkzgVz3v51#news
— Collected News (@CollectedN) September 6, 2015