Lesbos transborda de refugiados

Lesbos transborda de refugiados
De  Ricardo Figueira  com The Daily Telegraph, Reuters, APTN

Os cerca de 17.000 retidos exigem poder seguir viagem para Atenas.

Na ilha de Lesbos, na Grécia, a situação começa a ser insustentável para os cerca de 17.000 migrantes e refugiados que continuam retidos, sem condições, à espera da autorização para viajarem para a Grécia continental.

Há muita gente em Mitilene e não há casas de banho, nem água, nem nada.

Pelo segundo dia consecutivo, grupos de pessoas tentaram embarcar num navio para Atenas e envolveram-se em confrontos com a polícia.

Queixam-se da estrutura quase inexistente para os acolher. O único gabinete para lidar com todos estes milhares de pessoas está instalado num contentor no porto de Mitilene, a capital da ilha.

As Nações Unidas pediram a evacuação imediata da ilha.

Vários vão chegando ao porto do Pireu, perto de Atenas e pretendem seguir viagem: “Há muita gente em Mitilene e não há casas de banho, nem água, nem nada”, conta um refugiado.

A ideia, para quase todos, é juntar-se à vaga que começa agora a chegar à Alemanha: “Não me preocupo muito se vou ficar na Grécia ou viajar para outro país da Europa. Quero estar num país onde seja respeitado como ser humano e para onde possa levar a minha família”, diz Hamad Alwadaan, que vem do Iraque.

O governo grego fretou dois navios para fazer o transporte, mas todos os dias há novos migrantes a chegar a Lesbos. O presidente da câmara de Mitilene já ameaçou boicotar as eleições do dia 20, se a situação não for resolvida.

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