A União Europeia vai voltar esta semana a tentar obter um consenso sobre as medidas para lidar com a crise dos refugiados, quando a Hungria continua
A União Europeia vai voltar esta semana a tentar obter um consenso sobre as medidas para lidar com a crise dos refugiados, quando a Hungria continua a transportar milhares, em autocarros, para a fronteira com a Áustria.
Cerca de 10 mil pessoas cruzaram este domingo a passagem de Nickelsdorf.
Budapeste tinha reaberto no domingo a fronteira com a Sérvia, quando tenta travar o novo fluxo de migrantes vindos da Croácia, junto às fronteiras de Beremond e Letenye.
Um refugiado sírio, de Aleppo, afirma, “somos manipulados pelos traficantes que não nos deixam escolher e expõem-nos a vários perigos. Éramos quase 60 pessoas num barco, quando começou a entrar água na embarcação”.
A Hungria poderia iniciar nos próximos dias a construção de uma nova vedação de arame farpado na fronteira com a Croácia, quando o país vizinho afirma ter acolhido já mais de 21 mil pessoas desde a semana passada.
Os líderes da Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia, até agora opostos à distribuição dos refugiados pelos estados -membros, voltam a reunir-se esta manhã em Praga, na véspera de um novo conselho dos ministros do Interior da União, na terça e do Conselho Europeu de quarta-feira.
Em cima da mesa vai voltar a estar a questão das quotas obrigatórias que deverão permitir repartir 160 mil refugiados entre os estados da União.
Segundo a correspondente da euronews: “Uma fila interminável de autocarros continua a trazer refugiados para o lado húngaro da fronteira de Beremend, num momento em que ainda não se sabe quanto tempo mais irá durar este tipo de viagens organizadas”.