Não resistiu ao escândalo das emissões poluentes dos carros da Volkswagen e acabou por se demitir. Martin Winterkon abandonou o cargo de presidente
Não resistiu ao escândalo das emissões poluentes dos carros da Volkswagen e acabou por se demitir. Martin Winterkon abandonou o cargo de presidente executivo da construtora alemã mas diz que desconhecia o problema.
Em comunicado afirmou estar “surpreendido” pelos acontecimentos e “chocado com a má conduta em tal escala no grupo Volkswagen”.
Apresentou a demissão ao conselho de supervisão, que já reagiu.
“Queremos sublinhar para futuro que o sr. Winterkorn não estava ao corrente da manipulação das emissões poluentes e que temos um grande respeito pela sua vontade em enviar um sinal claro e assumir a responsabilidade nesta situação difícil para a Volkswagen”, declarou Berthold Huber, Presidente do Conselho de Supervisão.
Com as perdas acumuladas em bolsa a chegarem aos 35%, a construtora alemã estava sob forte pressão para tomar uma ação decisiva.
A Volkswagen pode sofrer sérias consequências financeiras com o escândalo em todo mundo.
A agência ambiental norte-americana anunciou na sexta-feira que a empresa pode ser multada em até 18 mil milhões de dólares.
De França chegam sinais de que o grupo arrisca-se a enfrentar a justiça por fraude.
A ministra francesa do Ambiente, Segolene Royal afirmou que “as vítimas são os trabalhadores pois a situação deles ficou mais precária, os consumidores que foram aldrabados e também o Estado francês que dá subsídios na compra de carros limpos. Existe um roubo de fundos públicos com esta fraude”.
A construtora admitiu que mais de 11 milhões de carros a gasóleo em todo o mundo foram equipados com o tipo de motor que poderia distorcer os dados de emissões poluentes.