Ninguém espera outro resultado na Bielorrússia que não seja o 5.º mandato presidencial para Alexander Lukashenko, o autodenominado "último ditador da Europa".
A Bielorrússia já vota numas eleições presidenciais em que não se espera outro resultado que não seja a vitória do autoritário Alexander Lukashenko, que está no poder, em Minsk, desde 1994. Os outros três candidatos fazem praticamente figura de corpo presente e dão um ar democrático ao sufrágio.
Belarus' president of 21 years poised to win re-election with opposition jailed, marginalized or missing: http://t.co/bUn6LgIK0F
— The Associated Press (@AP) October 10, 2015
Recém-galardoada com o Nobel da Literatura, a bielorrussa Svetlana Alexievitch adverte: “Lukashenko não se interessa pela forma como votamos. Como disse Estaline, ‘não é importante quem vota e como votam. O que é importante é quem conta os votos’. Penso que é esse o caso”, afirmou a escritora, que não espera “qualquer surpresa” e considera que “o que se está a passar na Rússia e na Bielorrússia irá, infelizmente, continuar durante muito tempo”.
Nobel Prize-winning author, Svetlana Alexievich, sees politics through lens of mistrust http://t.co/sIuMtd5S9Cpic.twitter.com/ish6RT52pY
— New York Times World (@nytimesworld) October 11, 2015
Fenómeno raro, no sábado, centenas de opositores do regime marcharam pelas ruas de Minsk.
#Belarus opposition held a protest rally in #Minsk on the eve of #electionshttp://t.co/JCIq94QFnn#electBYpic.twitter.com/zoI4QXqKmg
— Belarus Digest (@BelarusDigest) October 10, 2015
Lukashenko, que já se definiu como o “último e único ditador na Europa” (numa entrevista há 3 anos à agência Reuters) avança para um quinto mandato consecutivo com uma boa notícia no horizonte. Ainda este mês, a União Europeia poderá levantar temporariamente parte das sanções impostas à Bielorrússia, que assim poderá financiar-se sem ser apenas na Rússia.
The mess in Ukraine has made Belarus's leader of 21 years appear somewhat less of a dictator http://t.co/7tFXafsjXEpic.twitter.com/jwLxdqKgys
— The Economist (@TheEconomist) October 10, 2015