Rússia refuta oficialmente as conclusão do relatório sobre tragédia do voo da Malaysia Airlines

A Rússia discorda das conclusões da comissão internacional de inquérito, coordenada pela Holanda, sobre o abate do voo MH17 da Malaysia Airlines, com 298 pessoas a bordo, quando cruzava os céus da Ucrânia. O relatório publicado ontem conclui que o Boeing 777 da companhia asiática foi abatido por um míssil BUK de fabrico russo.
Moscovo reagiu oficialmente esta manhã. Para o diretor-adjunto da Agência Federal de Transporte Aéreo, Oleg Storchevoy, “não há um único buraco na fuselagem do Boeing 777 que indique que foi abatido por um míssil Buk. A Rússia analisou os resultados de testes a estes mísseis e as nossas experiências conduziram-nos a uma conclusão inequívoca: os chamados projeteis encontrados no local da tragédia foram, é a nossa opinião, produzidos para dirigir o inquérito numa determinada direção.”
A única conclusão que a Rússia partilha é a que atribui à Ucrânia uma parte da responsabilidade da tragédia de julho de 2014 ao não fechar o espaço aéreo da zona de conflito à aviação civil. As autoridades russas decidiram lançar o seu próprio inquérito e convidaram os países interessados a participar.