O ainda presidente da FIFA tem outra bomba nas mãos, relativa à eventual "compra" do Mundial de 2006.
Um “acordo de cavalheiros”: É assim que o ainda presidente da FIFA Joseph Blatter chama ao contrato que teve com o representante máximo da UEFA, Michel Platini, que levou ao pagamento de cerca de dois milhões de euros.
Sim, tive um contrato com Michel Platini. Foi um acordo de cavalheiros (...) Não posso revelar pormenores, porque está tudo a ser investigado.
Os dois homens estão sob investigação por parte da justiça suíça e foram ambos suspensos das funções por 90 dias.
Blatter quer ser ele a presidir ao congresso da FIFA que vai designar o sucessor, uma corrida para a qual Platini é favorito: “Sim, tive um contrato com Michel Platini. Foi um acordo de cavalheiros que foi implementado. Não posso revelar pormenores, porque está tudo a ser investigado por dois comités. Mas foi tudo legal. Respeitámos sempre a lei. A suspensão vai ser levantada, mas até lá está tudo a ser investigado”, disse num programa de televisão.
Blatter deixou a presidência da FIFA ao fim de muitas pressões, depois da detenção de vários dirigentes suspeitos de corrupção, relativamente à atribuição dos mundiais de 2018 à Rússia e de 2022 ao Qatar.
Mas há outra bomba que pode rebentar nas mãos de Blatter, esta relativa a um pagamento de quase 7 milhões de euros feito pelo comité organizador do Mundial de 2006, na Alemanha. Este pagamento, que pode ter servido para “comprar” o Mundial, está a ser investigado pela Federação Alemã de Futebol. O mundial foi atribuído à Alemanha em 2000. Franz Beckenbauer era o rosto da candidatura e presidiu também ao comité organizador.