Legislativas: Polónia inclina-se para a direita

Legislativas: Polónia inclina-se para a direita
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As intenções de voto no Partido Direito e Justiça, que rondam agora os 50% - apontando para uma viragem à direita. A crise dos refugiados está no centro da campanha eleitoral na Polónia. O alarmismo é

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A crise dos refugiados está no centro da campanha eleitoral na Polónia. Beata Szydlo, do partido da oposição Direito e Justiça (PiS) caminha, com passo firme, em direção à vitória, nas eleições legislativas que acontecem a 25 de outubro.

As sondagens, apontam para o triunfo do euroceticismo e de uma visão nacionalista – reticente ao acolhimento de refugiados. O alarmismo é uma das armas do líder do partido conservador e populista Direito e Justiça, Jaroslaw Kaczynski: “Há sinais do aparecimento de doenças muito perigosas, que não existiam na Europa há muito tempo: a cólera nas ilhas gregas, a disenteria em Viena. Fala-se ainda sobre outras doenças mais graves. Também existem diferenças relacionadas com a geografia. Vários tipos de parasitas e protozoários, que são inofensivos para os refugiados, podem tornar-se perigosos para a população local.”

De acordo com um estudo, publicado em setembro passado, dois terços dos polacos são contra o acolhimento de refugiados vindos do Médio Oriente e do Norte de África. No entanto, a Polónia aceitou receber cinco mil pessoas – igualmente contra a vontade do partido conservador ao qual pertence o presidente Andrzej Duda.

Desde que venceu as presidenciais, em maio passado, Duda deu prioridade à proteção das fronteiras e ao aumento da segurança contra ameaças terroristas. A desconfiança em relação à Rússia também está a aumentar na Polónia. A anexação da Crimeia e a guerra com a Ucrânia levaram à criação de milícias de voluntários treinados para um eventual ataque de Moscovo. Uma decisão apoiada pelo partido Direito e Justiça.

Os números apontam para um crescimento de mais de três por cento, na Polónia, mas quase um quarto dos jovens estão desempregados. Na generalidade, os dados económicos favoráveis não se traduzem numa melhoria das condições de vida. Este fator contribuiu para o aumento das intenções de voto no Partido Direito e Justiça, que rondam agora os 50% – apontando para uma viragem à direita.

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