As forças “peshmerga” curdas que combatem os extremistas do Estado Islâmico no norte do Iraque anunciaram a descoberta de uma vasta rede de túneis em
As forças “peshmerga” curdas que combatem os extremistas do Estado Islâmico no norte do Iraque anunciaram a descoberta de uma vasta rede de túneis em Sinjar, que os “jihadistas” usariam nomeadamente para escapar aos bombardeamentos da coligação internacional.
Os combatentes “peshmerga” reconquistaram a cidade em novembro, numa ofensiva de dois dias apoiada pelos raides aéreos liderados pelos Estados Unidos.
Foram descobertas mais de 70 passagens subterrâneas, muitas das quais continham caixas de munições e medicamentos. Num túnel, foram identificadas mais de 90 bombas.
O chefe do Concelho de Sinjar, Wais Faiq, explica como a complexa rede de túneis terá sido construída:
“Recebemos há vários meses informações de fontes fidedignas de que [militantes do Estado Islâmico] trouxeram 700 prisioneiros e pessoas de várias aldeias, como Tal Afar, por 30.000 dinares iraquianos por dia. Escavaram tantos túneis, que destruíram completamente as infraestruturas de Sinjar. Há um túnel em cada beco, em cada rua e em cada edifício público que ainda está intacto.”
Uma grande parte dos túneis foi fortificada com sacos de areia, para resistir ao impacto de bombas lançadas do ar, e quase todas as passagens contam também com eletricidade. As escavações dos “peshmerga” permitiram também revelar atrocidades cometidas pelos “jihadistas”, nomeadamente uma vala comum com os corpos de mais de 70 mulheres.