Ativistas e ecologistas celebram o acordo mas garantem que vão manter-se atentos aos progressos
Na capital francesa, em Seattle ou em Manila, ecologistas e ativistas saíram às ruas para celebrar o acordo de Paris sobre o clima, mas também para dizerem que vão manter-se vigilantes.
Da COP21 saiu o primeiro acordo universal de luta contra as alterações climáticas que estipula a necessidade de limitar a subida da temperatura a 1,5 graus centigrados, face aos valores da era pré-industrial.
Richest 10% are causing #climatechange, study finds https://t.co/zIrWFNfbSM#COP21pic.twitter.com/2uMlVX8P2o
— World Economic Forum (@wef) 13 Décembre 2015
É bom mas não chega, como explica o diretor da GreenPeace France, Jean-François Julliard: “Tenho sentimentos mistos. O acordo é um bom ponto de partida e ainda bem que existe. Poderia ter sido uma catástrofe e não haver acordo nenhum. No entanto, não é suficientemente claro sobre o longo prazo e os meios para limitar o aquecimento a 2° e visar o um e meio. Não se salvou o planeta nem a humanidade da mudança climática, isso é claro, mas foi fixado um novo ponto de partida com um novo objetivo.”
[Vidéo] “#COP21 : 13 jours de négociations, en 7 minutes” via
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MinistereCC) 13 Décembre 2015
Seis anos depois do fracasso de Copenhaga, este acordo, assinado pelos 195 países participantes é muito positivo, congratula-se Miguel Arias Cañete, comissário europeu para a Ação Climática:
“Tenho todos os elementos necessários. É um acordo que convém ao objetivo. É óbvio que as coisas podem ser sempre melhores, mas a perfeição é muito difícil de alcançar. Por isso, este acordo convém ao objetivo e é um grande passo desde Quioto.”
Contrariamente ao protocolo de Quioto, assinado em 1997, nunca ratificados pelos Estados Unidos e que deixava de fora os países emergentes, o acordo de Paris reúne países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Todos se comprometeram a caminhar para modelos económicos que reduzam as emissões de dióxido de carbono e de outros gases com efeito de estufa. O acordo estipula ainda uma revisão quinquenal, a partir de 2025, e uma ajuda financeira em alta para os países do Sul.