Cristãos sírios celebram o Natal na linha da frente

Centenas de crianças encontraram-se esta quinta-feira para acender as luzes de uma árvore de Natal celebrar a véspera do nascimento de Cristo em Ghassani, uma das zonas cristãs da capital síria, Damasco.
Estamos a tentar dar presentes a todos os meninos para que esqueçam esta guerra.
Fazem parte da comunidade cristã da Síria, composta por diversas igrejas, a maior parte com origens gregas e arménias.
Um homem vestido de Pai Natal explica que o mais importante “é fazer com que os meninos sírios esqueçam esta guerra civil”.
Muitos crescem ao ritmo das armas, que se fazem sentir de forma violenta e quotidiana há quatro anos. As crianças Sírias com menos de 6 anos não conhecem outro país que não aquele que tem sido devastado pelos últimos anos de guerra.
A guerra civil síria já causou mais de duzentos e cinquenta mil mortos e forçou quase metade da população a deslocar-se, ao mesmo tempo que destruiu o tecido económico do país.
A crescente radicalização dos opositores do Presidente Bachar al-Assad fez das minorias cristãs dos grupos mais sacrificados.
A presença do autoproclamado Estado Islâmico (EI) no território mais não fez do que piorar a situação para os cristãos sírios.
A comunidade cristã representava 10% da população Síria antes do início da guerra civil, em 2011.
Mas muitos deixaram o país, enquanto alguns se recusam a abandonar a Síria, pois consideram que fazem parte daquele que é o país onde nasceram.