Preços do petróleo incentivam apelos a trabalho de equipa entre países produtores

Preços do petróleo incentivam apelos a trabalho de equipa entre países produtores
De  Patricia Cardoso  com Reuters, AFP

Lukoil, a maior petrolífera privada da Rússia, pede uma ação concertada entre a Rússia e a OPEP para fazer subir os preços do petróleo, atualmente

Lukoil, a maior petrolífera privada da Rússia, pede uma ação concertada entre a Rússia e a OPEP para fazer subir os preços do petróleo, atualmente, em mínimos de 12 anos.

Moscovo recusa baixar a produção, para já, mas a linguagem de alguns dirigentes começou a mudar. A pressão é elevada para proteger as receitas públicas, controlar a crise económica e evitar descontentamento nas ruas.

O próprio secretário-geral da OPEP, Abdullah al-Badri, relançou um apelo para um trabalho conjunto com os países fora da organização para fazer face ao excesso de crude no mercado. Para já apenas Omã e Azerbaijão estão dispostos a reduzir a produção em coordenação com a OPEP.

Mas no seio da organização há vozes que se opõem a um corte na produção. É o caso da Arábia Saudita, cuja petrolífera – Aramco, anunciou que vai continuar a investir no setor, apesar dos preços baixos.

Hari Vamadevan, perito em energia, considera que o excesso de produção não se deve apenas à OPEP, mas também aos americanos e aos russos. Recorda que “há também o fim das sanções ao Irão, a subida da produção da Líbia, do Iraque, enquanto a Arábia Saudita continua produzir” a mesma quantidade e, talvez, tenha aumentado.

O preço do barril na casa dos 30 dólares afeta duramente os orçamentos dos países exportadores.

Segundo o Banco Mundial, os preços deverão recuar mais 27% este ano, face às exportações iranianas, ao nível da produção americana e às temperaturas clementes no Hemisfério norte.

A instituição internacional baixou as previsões de preços dos 51 para os 37 dólares.

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