NewsletterBoletim informativoEventsEventosPodcasts
Loader
Encontra-nos
PUBLICIDADE

França: Assembleia aprova mudança constitucional que prevê retirada da nacionalidade

França: Assembleia aprova mudança constitucional que prevê retirada da nacionalidade
Direitos de autor 
De  Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A Assembleia Nacional francesa aprovou, esta quarta-feira, a reforma constitucional, proposta pelo presidente François Hollande. Uma maioria de 317

PUBLICIDADE

A Assembleia Nacional francesa aprovou, esta quarta-feira, a reforma constitucional, proposta pelo presidente François Hollande.

Uma maioria de 317 deputados, contra 199, aprovou o projeto de lei de “proteção da Nação”, que o executivo socialista espera que seja adotado pelo Congresso de Versalhes, para inscrever na Constituição o regime de prolongamento do estado de emergência e a medida da retirada da nacionalidade para os autores de atos ou delitos terroristas. 51 deputados abstiveram-se.

A proposta de emenda constitucional foi anunciada por Hollande, em novembro, após os ataques em Paris e suscitou controvérsia.

O texto prevê duas formas de declarar o estado de emergência: o Conselho de Ministros “, em caso de perigo iminente resultante de atentados graves à ordem pública” ou “em caso de calamidade pública”.

O Parlamento é única instituição que pode prolongar o estado de emergência, além de doze dias, por a uma lei que estabelece um período não superior a quatro meses (renovável). A Assembleia não pode ser dissolvida durante o estado de emergência “

Na realidade, com exceção da disposição sobre a dissolução da Assembleia e prolongamento do estado de emergência por 4 meses, há poucas alterações em relação à lei de 1955, aprovada durante a guerra da Argélia. A principal diferença é que agora fica consagrado na Constituição.

A segunda revisão, mais controversa, prende-se com o retirar da nacionalidade.

Agora, o artigo 25 do Código Civil prevê a privação da nacionalidade dos cidadãos naturalizados franceses condenados por violar os interesses fundamentais da nação ou por cometerem um ato terrorista ou atos incompatíveis com a nacionalidade francesa, em nome de um Estado estrangeiro e prejudicial para os interesses de França.

A lei atualmente em vigor, em França, já permite a retirada da nacionalidade aos cidadãos que tenham obtido a nacionalidade francesa há, pelo menos, dez anos. O prazo estende-se para 15, se tiverem cometido um crime que põe em causa os interesses fundamentais da nação.

Agora, com a revisão do artigo 34, todos os franceses, incluindo os nascidos em França, podem ser privados da cidadania.

A controversa medida provocou divisões na classe política francesa levando, mesmo, à demissão da ministra da Justiça Christiane Taubira, que saiu do executivo, de Manuel Valls, em divergência com a reforma constitucional anunciada pelo Governo.

A lei sobre a “proteção da nação” não parece alheia à remodelação do executivo, anunciada pelo governo socialista, cada vez mais criticado. O próximo teste para a maioria de François Hollande será a aprovação do projeto de lei no Senado.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Oito migrantes morrem em naufrágio no Canal da Mancha

Pessoas com mobilidade reduzida denunciam falta de acessibilidade na rede de transportes de Paris

Aldeia olímpica de Paris prepara-se para a chegada dos atletas paralímpicos