Turquia volta a bombardear milícias curdas no norte da Síria

A Turquia bombardeou pelo segundo dia consecutivo, através da fronteira, posições das milícias das Unidades de Proteção do Povo no norte da Síria. Ancara teme que os combatentes curdos alarguem a esfera de influência até controlarem a totalidade da zona fronteiriça.
Coincidindo com a chegada de aviões de combate sauditas à base turca de Incirlik para “intensificar as operações aéreas” contra o Estado Islâmico na Síria, a Turquia diz-se disposta a avançar com uma operação terrestre no país vizinho, em parceria com a Arábia Saudita.
Ao mesmo tempo, o chefe da diplomacia saudita, Adel al-Jubeir, frisou que “se a coligação liderada pelos Estados Unidos introduzir tropas na Síria, o reino saudita estará preparado para participar com a mobilização de forças especiais”.
No campo diplomático, cada vez parece menos realista o acordo anunciado pelo secretário de Estado norte-americano e pelo chefe da diplomacia russa de um cessar-fogo entre rebeldes e forças pró-governamentais sírias na próxima semana, acompanhado pelo retomar das negociações indiretas de paz.
A oposição síria criticou vivamente que o acordo permita a continuação dos bombardeamentos russos, que muitos acreditam visarem sobretudo os rebeldes moderados que combatem o regime de Bashar al-Assad e não os “jihadistas” do Estado Islâmico.