"Brexit" domina início da reunião do G20

O referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia dominou o início da reunião do G20, esta sexta-feira em Xangai, na China.
Devido às incertezas sobre as condições de saída do Reino Unido da União Europeia, é difícil avaliar quais serão as consequências exatas.
Segundo o jornal Financial Times, o ministro britânico das Finanças, George Osborne, pressiona os parceiros a integrarem no comunicado final um alerta para as consequências de um “Brexit”.
With risks facing global economy most heightened since crash, now would be worst time for UK to take gamble of EU exit
— George Osborne (@George_Osborne) 26 février 2016
Após encontros bilaterais de Osborne em Pequim, o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, afirmou: “Sempre apoiamos o processo europeu de integração e esperamos ver a União Europeia a desempenhar um papel mais importante a nível internacional. Esperamos também que o Reino Unido e a UE possam tratar, de forma apropriada, esta importante questão”.
Londres marcou o referendo para 23 de junho.
Alguns economistas estimam que a eventual saída do Reino Unido da União Europeia seria um choque para a economia global, já em dificuldades em termos de crescimento.
Interrogada sobe as consequências de um “Brexit”, a chefe do FMI, Christine Lagarde, declarou: “Devido às incertezas sobre as condições de saída do Reino Unido da União Europeia, é difícil avaliar quais serão as consequências exatas. Mas provavelmente afetaria a fluidez das trocas. Ainda sem ter feito um estudo, que vamos tentar fazer de forma justa e completa, somos obrigados a concluir que os efeitos serão negativos”.
Na mesa do G20 estará também a proposta de um programa coordenado de relançamento económico. Mas a Alemanha já disse estar contra, defendendo, antes, a implementação de reformas estruturais.
#BREAKING: Germany against G20 fiscal stimulus package: Schaeuble
— AFP news agency (@AFP) 26 de fevereiro de 2016
Dias antes da reunião do G20, o Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu coordenação e investimento público para evitar que a economia mundial descarrile. A organização alertou que pode baixar, novamente, as previsões de crescimento económico em abril.
#G20 needs to take bold action to rejuvenate global growth. Read IMF G20 note. https://t.co/MqmX8KcXiz
— IMF (@IMFNews) 24 de fevereiro de 2016
What the #G20 can do to speed up a global recovery https://t.co/JMlA2h8QM2#economicspic.twitter.com/rq7DljY6JW
— World Economic Forum (@wef) 26 de fevereiro de 2016