A Argentina aceitou pagar os cerca de 4,6 mil milhões de dólares a vários fundos que têm dívida do país e pôr fim a um litígio que começou com o
A Argentina aceitou pagar os cerca de 4,6 mil milhões de dólares a vários fundos que têm dívida do país e pôr fim a um litígio que começou com o colapso financeiro de 2001.
O mediador indicado pelo tribunal de Nova Iorque, Daniel Pollack, anunciou, esta segunda -feira, um acordo de principio que considera como “um passo de gigante neste longo contencioso, mas não é a etapa final”. “A Argentina deve levar o assunto ao Congresso. Obviamente, o juiz vai observar com muito cuidado para ver se o Congresso suspende a lei de bloqueio e a Lei de Pagamento Soberano e ele irá, em seguida, determinar se ele vai anular a liminar,” esclareceu o mediador.
Após anos de impasse durante a presidência de Cristina Kirchner (2007 – 2015), que sempre foi contra qualquer acordo com os fundos especulativos, o novo governo de centro-direita do presidente Mauricio Macri, que chegou ao poder em dezembro, apresentou em fevereiro uma proposta prevendo reembolsar 6,5 mil milhões de dólares dos 9 mil milhões detidos pelos fundos que recorreram à justiça.
A Argentina conseguiu chegar a acordo de principio com quatro fundos de investimento a quem vai ter de pagar 75% do valor reclamado. Para fazer este pagamento, a Argentina “pondera” regressar aos mercados financeiros para conseguir dinheiro.
A Argentina, sob a presidência do presidente Nestor Kirchner (2003-2007), tinha rompido com o FMI e o Banco Mundial, considerando-os responsáveis pelo endividamento e falência da terceira economia latino-americana, em 2001.