Este domingo 13 milhões de alemães são chamados às urnas – os eleitores de três estados federais. Com a questão dos refugiados em pano de fundo e a
Este domingo 13 milhões de alemães são chamados às urnas – os eleitores de três estados federais. Com a questão dos refugiados em pano de fundo e a 18 meses das legislativas, este escrutínio será uma prova de resistência para o partido de Angela Merkel, a União Democrata-Cristã (CDU), seis meses depois de a chanceler ter decidido abrir as portas à vaga de refugiados.
As eleições decorrem em dois estados vizinhos de França, Bade-Vurtemberga (Bade-Wurtemberg) e Renânia-Palatinado (Rheinland-Pfalz), e na Alta Saxónia (Sachsen-Anhalt), uma região da ex-República Democrática Alemã.
Merkel tem resistido aos apelos insistentes no seio do seu partido para que imponha limites ao acolhimento de requerentes de asilo. Depois de ver a sua taxa de popularidade descer a mínimos históricos, conseguiu reverter a tendência – segundo as sondagens, 50% dos alemães apoiam a chanceler, com 13% a preferir o social-democrata Sigmar Gabriel.
A insatisfação causada pela chegada de mais de um milhão de requerentes de asilo ao longo do último ano tem reforçado a Alternativa para a Alemanha (AfD), partido nacionalista e anti-imigração, que regista 10% de apoio a nível nacional. O partido atrai os descontentes com o desemprego na ex-Alemanha Oriental e a ala direita da CDU de Merkel.
As sondagens prevêm que a CDU mantenha o poder na Alta Saxónia, onde governa com os sociais-democratas do SPD, sem conseguir porém vitórias na Bade-Vurtemberga, onde dominam os Verdes, e na Renânia-Palatinado, onde o SPD está em risco de ser afastado, depois de 25 anos no poder.