Os Estados Unidos da América consideram que o grupo Estado Islâmico, ou Daesh [acrónimo árabe do grupo], é responsável pelo genocídio de cristãos
Os Estados Unidos da América consideram que o grupo Estado Islâmico, ou Daesh [acrónimo árabe do grupo], é responsável pelo genocídio de cristãos, “yazidis” e outras minorias étnicas e religiosas no Iraque e na Síria.
Uma declaração do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que surge depois do Congresso ter classificado de genocídio as ações dos jihadistas.
“O Daesh é genocida por autoproclamação, por ideologia e por ação, no que afirma, no que acredita e no que faz. O Daesh é, também, responsável por crimes contra a humanidade e limpeza étnica dirigida a estes mesmos grupos e, em alguns casos, também contra os muçulmanos sunitas, curdos e outras minorias. Temos de responsabilizar os perpetradores e temos de encontrar os recursos para ajudar os que foram prejudicados por estas atrocidades a sobreviver na sua terra ancestral. Nomear estes crimes é importante, mas o essencial é impedi-los.”
A classificação de genocídio pode ajudar os Estados Unidos a defender uma maior ação contra o grupo Estado Islâmico mas não tem valor legal.
Kerry destacou que os crimes cometidos pelos jihadistas devem ser julgados num tribunal internacional.
O EI recruta muçulmanos sunitas e assassina, de forma massiva, xiitas, cristãos e “yazidis”, uma minoria religiosa com raízes no Zoroastrianismo.
Em junho de 2014, quando tomaram o controlo de Mossul, no Iraque, milhares de yazidis foram obrigados a fugir.