Holanda: Gert Wilders em tribunal acusado de incitamento ao ódio

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“Ninguém vai conseguir calar-me”, foi num tom desafiante que Gert Wilders compareceu esta sexta-feira frente ao tribunal de Schipol, em Amsterdão

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“Ninguém vai conseguir calar-me”, foi num tom desafiante que Gert Wilders compareceu esta sexta-feira frente ao tribunal de Schipol, em Amsterdão, acusado de incitamento ao ódio.

O deputado xenófobo e anti-Islão
Gert Wilders é visado pela justiça por ter declarado querer “menos marroquinos” no país, durante um comício em Março de 2014.

As declarações tinham suscitado uma vaga de protestos, com mais de 6.400 queixas apresentadas em tribunal por cidadãos e associações.

Segundo o procurador Wouter Bos,

“A suspeita é de que, com estas palavras, Wilders insultou os marroquinos como um grupo de pessoas. Mais ainda, suspeitamos que estas palavras constituem um incitamento à discriminação e ao ódio”.

A audiência preliminar destinava-se a examinar os dados da investigação, antes do início do processo, marcado para 31 de Outubro.

No exterior do tribunal, dezenas de apoiantes do líder de extrema-direita manifestaram-se para apoiar a “liberdade de expressão”, o argumento da defesa do deputado.

Entre os manifestantes, o líder do movimento xenófobo Pegida, na Holanda, Edwin Wagensveld, afirma:

“Este processo não é justo. Vivemos numa democracia e as pessoas têm o direito a exprimir-se de forma direta, sem apelar à violência. Somos contra a violência mas pelo direito de que as pessoas sejam livres de dizer o que quiserem”.

Gert Wilders, cujo Partido Para a Liberdade é o mais popular nas sondagens, incorre numa pena de até dois anos de prisão e até 20 mil euros de multa.

Os tribunais tinham absolvido o deputado no passado, depois de considerar o Islão como uma religião “fascista”, afirmando que as críticas se dirigiam contra uma religião e não contra um grupo étnico.

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