As Nações Unidas revelam a dimensão dos abusos sexuais a menores por parte de capacetes azuis, ao anunciarem 108 novos casos na República
As Nações Unidas revelam a dimensão dos abusos sexuais a menores por parte de capacetes azuis, ao anunciarem 108 novos casos na República Centroafricana (RAC).
As alegações que tinham sido já avançadas por organizações humanitárias locais referem-se a crimes levados a cabo por militares de França, Burundi e Gabão entre 2013 e 2015.
Três raparigas afirmam ter sido forçadas a ter relações sexuais com animais, em troca do pagamento de seis euros, uma alegação que ainda não foi confirmada pela ONU.
Para o porta-voz da organização, Stephane Dujarric, “as intervenções da comunidade internacional ajudaram a salvar a República Centro Africana de um destino terrível. No entanto temos que fazer face ao facto de que um número de tropas enviadas para proteger a população agiu, no entanto, com más intenções. Foram crimes praticados em silêncio. É por isso que o Secretário-Geral está a investigar estas horrendas, depravadas e perturbantes alegações”.
Paris prometeu já investigar o sucedido, depois da ONU ter demitido o chefe da missão de paz na República Centro Africana.
O Conselho de Segurança tinha aprovado em março uma resolução que prevê o repatriamento dos contingentes suspeitos de abusos sexuais.
A ONU afirma ter recebido, no ano passado, 99 denúncias contra os seus funcionários, 69 das quais visam capacetes azuis mobilizados em 21 países distintos.