Barack Obama presidiu, em Washington, a última cimeira sobre a segurança nuclear do seu mandato, sem a Rússia sentada à mesa das negociações
Barack Obama presidiu, em Washington, a última cimeira sobre a segurança nuclear do seu mandato, sem a Rússia sentada à mesa das negociações.
Moscovo evocou a falta de cooperação na elaboração da agenda para justificar a ausência da terceira reunião bianual criada pelo presidente norte-americano, em 2010, sob o signo da não proliferação nuclear.
Atualmente, nove países do mundo concentram mais de 15 mil armas nucleares – EUA, Rússia, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte – mas 90% deste arsenal está concentrado nas mãos de Washington e Moscovo.
Depois do acordo recentemente assinado com o Irão, os debates dos líderes de mais de 50 países centraram-se na ameaça do arsenal norte-coreano, com o reforço da cooperação entre EUA, Japão e Coreia do Sul.
O terrorismo nuclear foi outro dos temas em cima da mesa.
“Em muitos países a posse de material nuclear para venda não é um crime. É por isso que queremos reforçar as nossas capacidades não na localização do contrabando deste material, como em encontrar e punir os traficantes de materiais nucleares”, afirmou a sub secretária para o controlo de armamento dos EUA, Rose Gottemoeller.
Mais de uma semana após os atentados de Bruxelas, vários países europeus, como a França, evocaram a necessidade de impedir que o grupo Estado Islâmico possa adquirir materiais nucleares. Uma ameaça que continua a pairar no horizonte, segundo os analistas.