O alegado terrorista franco-marroquino está em isolamento na prisão de Fleury-Mérogis.
É importante sabermos que ele tem vontade de se explicar. Hoje, estamos no início da investigação e da instrução judiciária.
Salah Abdeslam já foi constituído arguido. Depois de ouvido pelo juíz de instrução, o alegado coautor dos atentados terroristas do dia 13 de novembro em Paris, único sobrevivente dos executantes, foi acusado de homicídios de caráter terrorista.
Para o novo advogado, o francês Frank Berton, o importante é que Abdeslam está pronto a contar tudo aos juízes: “É importante sabermos que ele tem vontade de se explicar. Hoje, estamos no início da investigação e da instrução judiciária. É a primeira comparência dele perante o juiz, foi notificado das acusações e colocado em prisão preventiva. Foi-me dada uma cópia do dossiê. Agora, vamos trabalhar e ser ouvidos pelos juízes”.
Abdeslam vai ficar numa zona de segurança máxima da prisão de Fleury-Mérogis, perto de Paris. O ministro francês da justiça, Jean-Jacques Urvoas, explicou os detalhes: “Vai ser vigiado por uma equipa dedicada a ele, constituída por guardas especialmente treinados e especializados na vigilância de detidos considerados perigosos. Foram já planeadas várias medidas para garantir a segurança do ambiente que o vai rodear”.
O franco-marroquino foi detido na Bélgica há cerca de um mês e manifestou sempre o desejo de ser transferido para França e julgado no país. Espera-se que o depoimento traga informações importantes sobre a logística dos atentados.