Mais de 240 mil manifestaram-se este sábado em Varsóvia contra o governo conservador e a favor da UE, na que foi considerada como a mais importante manifestação desde 1989.
Mais de 240 mil pessoas manifestaram-se na capital polaca, Varsóvia, para protestar contra o governo conservador de Beata Szydlo (Partido Lei e Justiça) e para defender a presença da Polónia na União Europeia.
Os números foram avançados pelas autoridades locais e por alguns meios de comunicação social polacos. As marchas deste sábado, organizadas pelo Comité para a Defesa da Democracia ou KOD (pela sigla em língua polaca), feroz crítico das medidas implementadas pelo governo nos últimos tempos, seriam assim as mais importantes na Polónia desde 1989, quando a era do regime comunista chegou ao fim.
Os manifestantes disseram “querer preservar o lugar da Polónia na Europa”, lugar que estaria ameaçado devido às políticas conservadoras do Executivo polaco.
#Marsz7maja demonstracje w Warszawie: Parada Schumana, manifestacja KOD… “Jesteśmy w Europie” [NA ŻYWO] https://t.co/DXEU9CKr9w
— Gazeta Wyborcza.pl (@gazeta_wyborcza) 7 mai 2016
Estiveram reunidos a maioria dos partidos da oposição no parlamento, como a Plataforma Cívica (PO, tendência liberal), o Nowoczesna (também de tendência liberal) e o Partido dos Camponeses (PSL), assim como outras forças atualmente não representadas no parlamento, como os sociais-democratas do SLD ou Os Verdes.
Juntos, os manifestantes gritaram palavras de ordem como “Estamos e ficaremos na Europa,” exibindo bandeiras polacas e símbolos associados à União Europeia.
O antigo Presidente Bronislaw Komorowski esteve presente na manifestação em Varsóvia.
“Estamos aqui porque queremos lutar pela Polónia e pela democracia”, disse aos jornalistas.
We stand together #KOD4EU#PLinEU#PLwUE#LoveEuropepic.twitter.com/FRDUqRIJAw
— KOD International (@Kom_Obr_Dem_Int) 7 mai 2016
Uma segunda manifestação teve lugar também na capital polaca, organizada por um conjunto de movimentos nacionalistas. O objetivo era pedir a saída da Polónia da União Europeia e contra o que entendem como “ a ditadura de Bruxelas.“Estiveram presentes cerca de 2500 pessoas.