Chama-se Norbert Hofer, tem 45 anos e é engenheiro eletrónico, mas é à política e sobretudo a defender as causas populistas da extrema-direita que tem dedicado as duas últimas…
Chama-se Norbert Hofer, tem 45 anos e é engenheiro eletrónico, mas é à política e sobretudo a defender as causas populistas da extrema-direita que tem dedicado as duas últimas décadas.
Nascido em 1971, numa família burguesa e filho de um eleito municipal conservador do Burgenland, uma região próxima da fronteira com a Húngria, Hofer tornou-se, em 1996, íider regional do FPÖ – o Partido da Liberdade, dois anos depois de ter aderido ao partido.
Quando o líder histórico do FPÖ, Jorg Heider, incompatibilizado com Strache decide formar um novo partido, Hofer mantém-se solidário com Heinz-Christian Strache de quem se tornou conselheiro.
Sob o seu impulso, o FPO moderou a linguagem e pôs em destaque as questões sociais, começando a roubar, pouco a pouco, eleitorado à esquerda.
Já com as funções de vice-presidente,
Redige em 2011 o programa político do FPO e quando, em Outubro de 2013, o Partido da Liberdade atinge 20,5% dos votos nas eleições legislativas, Hofer torna-se no terceiro presidente do Conselho Nacional, a câmara baixa do parlamento austríaco.
Considerado como um membro da ala liberal do partido, foi designado em janeiro de 2016 candidato à presidência austríaca. Na altura, as sondagens davam-lhe a quarta ou quinta posição na corrida.
A campanha eleitoral tem sido dominada pela crise migratória. Hofer não esconde o desacordo com a política alemã e italiana sobre a imigração.
Também não morre de amores pela União Europeia, tendo mesmo votado contra a entrada da Áustria em 1994, mas hoje apresenta um discurso mais moderado: “Todo o nosso sistema está ligado à União Europeia. Não sou a favor da saída da União, afirma, excepto, acrescenta: se a Turquia se tornar membro”.
Aos que o acusam de ser “um lobo disfarçado de cordeiro”, responde que “não é lobo e nem sequer lhe veste a pele”.