Grécia: Campo de Idomeni foi desmantelado

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De  Miguel Roque Dias  com AFP, REUTERS
Grécia: Campo de Idomeni foi desmantelado

As autoridades gregas desmantelaram o campo de Idomeni, perto da fronteira com a Macedónia, que durante meses albergou mais de 8 mil migrantes e refugiados, na maioria, sírios, iraquianos e afegãos.

Os campos não são lares para as pessoas, são apenas soluções temporárias.

Vicky Markolefa porta-voz Médicos sem Fronteiras

Nos últimos dias, o governo de Atenas transferiu cerca de 4 mil pessoas para centros de acolhimento espalhados por toda a Grécia.

Uma solução que não agrada aos deslocados, pois querem continuar viagem rumo aos países da Europa Central e do Norte, como explica a porta-voz da organização Médicos sem Fronteiras, Vicky Markolefa.

“As pessoas querem um futuro melhor. Ninguém quer ficar na lama. Todos querem construir uma nova casa. Muitas pessoas veem isso de forma muito positiva, que é um passo em frente para um futuro melhor, mas o que as pessoas continuam a dizer é que não querem ir para outro campo. Querem começar a vida a partir do zero. Querem começar a construir um lar. Os campos não são lares para as pessoas, são apenas uma solução temporária”, conclui.

Nem todos os migrantes e refugiados foram nos autocarros das autoridades gregas devido ao receio de serem enviados de volta para a Turquia, ao abrigo do acordo fixado entre Bruxelas e Ancara.

Centenas de migrantes transferiram as tendas para localidades perto de Idomeni, com Evzoni, por exemplo.

Depois do encerramento da rota dos Balcãs, em março, estas pessoas aguardam que as autoridades da Macedónia as deixem prosseguir viagem rumo ao norte da Europa.