Aos 41 anos, Keiko Fujimori, mãe de duas filhas, casada com um italo-americano, com uma reputação de pessoa fria e impenetrável, esforçou-se por mudar de imagem, desfazendo-se em sorrisos e chegando m
Aos 41 anos, Keiko Fujimori, mãe de duas filhas, casada com um italo-americano, com uma reputação de pessoa fria e impenetrável, esforçou-se por mudar de imagem, desfazendo-se em sorrisos e chegando mesmo a dançar nos palcos dos comícios.
Candidata pela segunda vez à presidência do Perú, o seu percurso até esta presidencial, não foi fácil. A herança da família é pesada.
Foi obrigada a reconhecer os erros do pai, Alberto Fujimori, presidente do Perú entre 1990 e 2000 e que cumpre uma pena de 25 anos de prisão por corrupção e crimes contra a Humanidade, após ter protagonizado uma rocambolesca fuga à justiça; primeiro para o Japão e depois para o Chile.
Durante anos, a filha mais velha de Fujimori esforçou-se por lavar a honra da família, mas a arrogância com que na campanha eleitoral de 2011, reivindicou a herança política paterna, clamou a inocência do ex-presidente e prometeu libertá-lo se fosse eleita, fizeram-na perder face a Ollanta Humala e valeram-lhe nesta campanha muitas manifestações de protesto.
Mas, neste país que conta com a segunda maior comunidade japonesa da América Latina, o nome dos Fujimori ainda é, em muitos meios, sinónimo de autoridade e de bem estar económico, o que fez com que tivesse chegado a esta segunda volta como favorita.
Para esta eleição, os peruanos partiram com uma única certeza: o presidente dos próximos cinco anos seria descendente de imigrantes.