Mercados financeiros não dão crédito ao Brexit

As ações valorizaram, no Reino Unido, com a votação do referendo em curso.
O índice FTSE 100 subiu 1,7%, com o maior avanço semanal desde dezembro de 2011.
A subida a meio da manhã pelo FTSE 100 foi acompanhada por um reforço da libra.
A libra subiu assim que a votação teve início. Cresceu acima de 0,4%, depois de atingir o seu máximo deste ano, com os analistas a prever reforço da moeda nacional em caso de um fracasso do Brexit e uma queda se os britânicos decidirem sair.
“Se decidir-mos sair, o que se seguirá é ainda incerto e os mercados não gostam necessariamente de incertezas. Pode vir a acontecer um volume significativo de vendas a baixos preços. É possível uma deterioração de cerca de 15%. Quanto aquilo que pode acontecer caso seja decidido ficarmos na União Europeia, mantêm-se a situação atual”, avalia Joshua Mahony, analista financeiro.
Em Wall Street domina o otimismo, com a Dow Jones a abrir com uma alta de 0,84%. O índice Standard & Poors desceu 0,17%, o Nasdaq cresceu 0,62%.
Os operadores no mercado nova-iorquino apostaram portanto na derrota do Brexit, confiantes que o Reino Unido permanecerá na União Europeia depois do referendo desta quinta-feira.