No Paquistão, um destacado clérigo muçulmano está a ser investigado na sequência do assassinato da celebridade das redes sociais, Qandeel Baloch.
No Paquistão, um destacado clérigo muçulmano está a ser investigado na sequência do assassinato da celebridade das redes sociais, Qandeel Baloch.
O clérigo, Abdul Qavi, foi alvo de críticas depois de ter aparecido na companhia da celebridade numa série de imagens do tipo ‘selfie’.
O clérigo negou qualquer envolvimento no crime tendo sido suspenso de um conselho que inclui figuras religiosas de destaque.
Esta segunda-feira, dezenas de pessoas protestaram na capital paquistanesa, Islamabad, contra o assassinato da celebridade.
A celebridade, descrita como a versão local de Kim Kardashian, foi assassinada pelo seu irmão, Muhammad Waseem, na sexta-feira passada.
Waseem entretanto já admitiu o crime.
“A razão para a morte foram os vídeos que ela colocou no Facebook e que nós não podemos tolerar”, disse o irmão depois de detido pelas autoridades policiais.
O assassinato da celebridade volta a reacender o debate em torno dos chamados “crimes de honra” no Paquistão.
Todos os anos mais de 500 pessoas, na sua maioria mulheres são assassinadas por elementos da própria família.
Qandeel Baloch dividia a opinião no Paquistão.
As imagens colocadas na sua página de Facebook suscitavam controvérsia numa sociedade profundamente conservadora.