Banca europeia mais sólida mas longe da perfeição

O banco italiano Monte dei Paschi di Siena foi a instituição que piores resultados apresentou nos testes de “stress” conduzidos pela Autoridade Bancária Europeia e anunciados na sexta-feira.
Não podemos negar que o Monte dei Paschi di Siena se encontra em dificuldades. Trata-se contudo de um problema periódico, não é estrutural ou sistémico
Faculdade de Economia, Universidade LUISS
Os testes abrangeram 51 bancos europeus, ou seja, cerca de 70% dos ativos bancários da União Europeia.
Antes do anúncio dos resultados, o banco italiano, o mais antigo do mundo, anunciou um plano de resgate na ordem dos cinco mil milhões de euros.
O rácio de capital do Monte dei Paschi di Siena situa-se abaixo do mínimo regulatório, para o setor que em termos globais, obtém um rácio de 9,4% para 2018.
Igualmente em maus lençois encontra-se o britânico Royal Bank of Scotland e o alemão Deutsche Bank.
A banca portuguesa não foi submetida a testes este ano. Ainda assim, os quatro bancos supervisionados pelo Banco Central Europeu, Caixa Geral de Depósitos, BCP, BPI e Novo Banco, são submetidos a exercícios de resistência.
O BCP foi o único a anunciar os resultados. Perante uma degradação económica e financeira, obteve um rácio de 7%.