A Turquia e a Áustria estão de costas voltadas.
A Turquia e a Áustria estão de costas voltadas. O ministro dos Negócios Estrangeiros turco não gostou das declarações do chanceler austríaco que não só desafiou a União Europeia a fechar a porta a Ancara como apontou para a existência de “radicais” entre a comunidade turca residente no país da Europa central.
Numa entrevista a um canal de televisão pró governo, o chefe da diplomacia turco, Mevlut Cavusoglu, disse aquilo que Viena não esperava ouvir:
“O racismo é o inimigo dos direitos do Homem. O chanceler austríaco fazia melhor se olhasse para o seu próprio país. A Áustria é hoje a capital do racismo radical.”
Numa mensagem divulgada no Twitter, o chefe da diplomacia austríaca, Sebastian Kurz, pediu ao homólogo turco moderação.
O presidente da Comissão Europeia, também, já veio a público dizer que o fim das negociações de adesão com a Turquia seria um erro grave de política externa. Jean-Claude Juncker admite, no entanto, que Ancara está mais longe da integração europeia, após a onda de repressão desencadeada com a tentativa de golpe de Estado, a 15 de julho.