Era uma vez... a União Soviética

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Há 25 anos desmoronava-se a União Soviética: a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

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Há 25 anos desmoronava-se a União Soviética: a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). As fissuras tinham começado a revelar-se no início de 1990, na sequência da queda do muro de Berlim.

A 11 de março de 1990, a Lituânia é a primeira das repúblicas da URSS a declarar a independência.

Com a economia num estado deplorável, Mikhail Gorbatchev tenta relançar o regime, através de reformas. Mas não renuncia ao comunismo.

Ao mesmo tempo, Boris Ieltsin tornar-se presidente da Federação russa, a maior das repúblicas da então URSS. O rival de Gorbatchev iria conduzir a Rússia à independência.

A 19 de agosto de 1991, altos responsáveis políticos e militares soviéticos levam os blindados até ao centro de Moscovo. Os opositores da “Perestroika” e do desmembramento do país realizam um golpe de estado, que iria afastar Gorbatchev do poder durante alguns dias.

Oficialmente, nesse período, o presidente soviético encontrava-se de férias na Crimeia.

Mas o golpe falha devido à mobilização popular. A população sai à rua em protesto, a pedido do próprio Boris Ieltsin. A imagem do presidente em cima de um tanque de guerra iria dar a volta ao mundo e cimentar o seu poder.

Alguns dos golpistas acabam detidos e, após uma noite de confrontos, as tropas enviadas para Moscovo colocam-se ao lado dos manifestantes.

A 22 de agosto, Mikhail Gorbatchev regressa a Moscovo e à chefia do país, por apenas alguns meses. A situação mudou. O presidente quase não tem poderes e as reformas não surtiram os efeitos desejados.

O presidente da Federação russa iria dar mais um golpe com a proibição das atividades do Partido Comunista no seu território.

Aos poucos as repúblicas vão seguir o exemplo da Lituânia e declarar a independência. A Geórgia fâ-lo em abril de 1991. Seguem-se, em agosto, a Estónia, a Letónia, a Ucrânia, a Bielorrússia, a Moldávia, o Azerbaijão, o Quirguistão e o Uzbequistão. Em setembro é a vez do Tajiquistão e da Arménia. O Turquemenistão avança em outubro. A Rússia será a última.

A oito de dezembro, em Minsk, Ieltsin e os presidentes da Bielorrússia e da Ucrânia criam a Comunidade de Estados Independentes e anulam o tratado de 1922 que instaurou a União Soviética.

No espaço de alguns meses, desmoronava-se uma potência que se pensava sólida.

A bandeira soviética é retirada do Kremlin e trocada pelo estandarte russo. A 26 de dezembro de 1991 decorre o último ato oficial. O parlamento soviético, já vazio, reúne-se pela última vez e declara a morte da União Soviética.

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