Brasil: economia será "principal desafio" de Temer

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De  Euronews
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Damon Embling, euronews: “A destituição de Dilma Rousseff marca o início de uma nova era que põe fim a 13 anos da esquerda do Partido dos Trabalhadores no poder.

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Damon Embling, euronews: “A destituição de Dilma Rousseff marca o início de uma nova era que põe fim a 13 anos da esquerda do Partido dos Trabalhadores no poder. O que significa para o Brasil, o seu povo e a sua economia em dificuldades? Falamos com o analista de risco Carlos Cardenas, da IHS Global Insight. Carlos, obrigado por se juntar a nós.”

Carlos Cardenas, IHS Global Insight: “Obrigado por me receberem.”

euronews: “A destituição não foi uma surpresa… Em que medida representa um ponto de viragem para o Brasil?”

Cardenas: “Fecha um capítulo, um período de incerteza sobre quem vai liderar o país. Uma grande prioridade para o presidente Michel Temer será não apenas reunificar o país e todos os partidos políticos que integram o Congresso, mas a economia, que constitui o principal desafio. Tem uma grande batalha pela frente. A economia está em recessão – três por centro do PIB este ano -, a inflação é elevada e o desemprego também está fora de controlo. Será um desafio bastante difícil que vai enfrentar agora e durante os próximos anos.”

euronews: “Isso significa que a tempestade ainda não chegou ao fim?”

Cardenas: “Não. Temer é um político pró-negócios e prometeu bastantes coisas que caíram bem nos ouvidos do setor privado, como ‘privatização’ ou ‘reformas estruturais’. Mas penso que ele tem uma janela de oportunidade bastante curta e será bastante difícil para ele conseguir apoio para reformas-chave que prometeu, sobretudo no que diz respeito a pensões ou reformas laborais. A única estratégia de curto prazo que irá seguir será a privatização de alguns bens atualmente nas mãos do Estado. Mas mesmo isso encontrará uma forte oposição por parte dos poderosos sindicatos do Brasil. Terá agora um impulso, depois da destituição. Mas imediatamente, em outubro, haverá eleições municipais. Nenhum partido político vai tentar ganhar votos com medidas impopulares, como os programas de austeridade que estão a ser propostos.”

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