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Grécia reduz TV privadas e encaixa 246 milhões de euros

Grécia reduz TV privadas e encaixa 246 milhões de euros
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De Dulce Dias com Akis Tatsis, L'Expasion, Libération
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Durante as 66 horas consecutivas de um polémico leilão, oito licitadores foram privados de telefone e de computador e totalmente isolados uns dos outros e do resto do mundo. O objetivo do governo é o

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SKAI TV, Kalogritsas, Antenna TV e “Alter Ego” – o canal do dono do clube de futebol Panathinaikos – foram os vencedores de um leilão sem precedentes: o da atribuição de frequências a televisões privadas, na Grécia.

O leilão começou no dia 30 de agosto e terminou esta sexta-feira. A partir de uma base de licitação de 3 milhões de euros, o governo de Atenas acabou por encaixar 246 milhões de euros numa operação de charme para o estrangeiro, admite Nikos Pappas, o ministro de Estado:

“Estamos profundamente satisfeitos com o resultado do leilão, especialmente porque conseguimos transmitir, tanto interna como externamente, a mensagem de que a Grécia é um país em recuperação. E isso é algo de que a Grécia precisa, especialmente depois da crise económica.”

Durante as 66 horas consecutivas do leilão, os oito licitadores foram privados de telefone e de computador e totalmente isolados uns dos outros e do resto do mundo.

Um processo sobre o qual Bruxelas não quis pronunciar-se – já que não é da sua competência – mas que até os vencedores da almejada frequência criticam.

“Não comprámos nem concorremos a uma frequência. Viemos aqui para negociar, para pagar um resgate e libertar os reféns, de forma a continuarmos a nossa atividade de órgão de comunicação independente que tem vindo a escrever a sua história e, ao que, como se vê, continuará a fazê-lo”, remata Kostas Kimpouropoulos, da Skai TV.

O objetivo do governo é o saneamento do setor audiovisual mas esta grande reforma é extremamente polémica.

A Mega TV, por exemplo, canal superendividado mas líder das audiências, nem sequer fez parte das oito finalistas. Manolis Kapsis, o diretor, não tem papas na língua:

“Aquilo a que este governo chama ‘luta contra os magnatas da imprensa’ é um álibi da extrema-esquerda para o governo populista do senhor Tsipras, que já provou ser incapaz de de cumprir as suas promessas económicas.”

Com as novas frequências, atribuídas por 10 anos, o panorama audiovisual grego vai sofrer mudanças radicais com uma redução das atuais seis a apenas quatro televisões privadas.

O processo, contudo, ainda não está terminado, como explica Akis Tatsis, correspondente da euronews em Atenas: “Durante os próximos cinco dias, as autoridades gregas têm de confirmar os dados económicos dos vencedores e, dentro de 15 dias, os vencedores têm de pagar a primeira das três parcelas devidas. Entretanto, os tribunais gregos têm de analisar os recursos dos consórcios participantes, E dentro de 90 dias, os canais que não ganharam frequências têm de deixar de emitir.”

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