A pergunta do referendo era se os colombianos apoiavam o acordo de paz assinado no dia 26 de setembro entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o Presidente Juan Manuel…
A pergunta do referendo era se os colombianos apoiavam o acordo de paz assinado no dia 26 de setembro entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o Presidente Juan Manuel Santos.
Ganhou o não, com pouco mais de 50% dos votos, e maior expressão em regiões mais afectadas pela guerra.
O Presidente reconheceu a derrota, depois de ter feito do alcance da paz a meta da presidência e marcou uma reunião de emergência do governo para esta segunda feira:
“Agora vamos decidir qual é o caminho a tomar para que essa paz – que todos queremos – seja possível e saia reforçada desta situação. Não me vou render, continuarei a lutar pela paz até ao último minuto do meu mandato.”
Os partidários do “não” defendem que o acordo de paz deixa impunes crimes de guerra graves e prevê uma integração na vida política activa de guerrilheiros desmobilizados que não pode ter lugar.
“A vitória do não é uma vitória para a paz com justiça, é uma vitória para uma paz com perdão e reconciliação, o triunfo do não é o triunfo de uma paz mais inclusiva, paz que nos inclui a todos, mais estável. Às FARC digo “Calma, porque vamos garantir que este processo vai ser concluído.”
O acordo, negociado em Havana nos últimos 4 anos, teve o apoio unânime da comunidade internacional.
O resultado é inesperado, tendo o Presidente dito antes do referendo não ter um plano B para o caso de o não ganhar, como se verificou.
Timochenko, o líder das FARC, declarou já à Caracol Radio que se mantém a vontade de paz e reiterou a disposição de usar apenas a palavra como arma de construção para o futuro.