Bulgária e Moldávia elegem presidentes pró-russos

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As eleições presidenciais na Bulgária e na Moldávia marcam a tendência pró-russa em Estados que foram antigas repúblicas soviéticas.

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As eleições presidenciais na Bulgária e na Moldávia marcam a tendência pró-russa em Estados que foram antigas repúblicas soviéticas. Nos dois países, os candidatos que acabaram por ser eleitos manifestaram, ao longo de toda a campanha, o desejo de estreitar relações e encetar diálogos de parcerias com Moscovo, de forma pragmática.

Na Moldávia, Igor Dodon bateu a candidata pró-europeia, Maia Sandu, na segunda volta. O presidente eleito fez da relação estratégica com Moscovo o seu estandarte de campanha.

“Sem o restabelecimento de relações amigáveis e estratégicas com a Federação Russa, a República da Moldávia não tem futuro. Tivémos estas relações amigáveis ao longo de centenas de anos”, afirmou Dodon.

Igor Dodon prometeu nomeadamente que mudará a componente económica do Acordo de Associação com a União Europeia, assinado em 2014 entre Bruxelas e o governo de Chisinau. Um acordo que tinha levado a Rússia a decretar um embargo aos frutos e à carne moldavas, penalisando uma grnade parte da população que vive da agricultura.

A Bulgária, membro da União Europeia, mas fortemente dependente do gás russo, elegeu também um presidente russófilo, o socialista Rouman Radev. Radev que fez campanha com o argumento da aproximação do país com a Rússia, não se coíbe de pedir também o levantamento das sanções europeias contra Moscovo e defende que a “Crimeia anexada pela Rússia é, de facto, um território russo”

A analista política Amanda Paul, sedeada em Bruxelas, fala-nos das razões que levam estes países a aproximarem-se mais do Leste que do Ocidente.
“Penso que o que se passa na Bulgária tem a ver com a crise na Europa e com a apatia da sociedade, que está cansada dos líderes políticos atuais. Penso que esta escolha tem a ver com o cenário negativo na Europa. As pessoas procuram algo diferente do que têm tido nos últimos anos. E claro que estes candidatos representam a rutura com o sistema. Na Moldávia acho que tem a ver mais com a deceção gerada pela corrupção das elites nos últimos anos. As elites governativas que deveriam ter adotado políticas para que o país se tornasse mais próspero e menos corrupto”.

Estes dois resultados eleitorais permitiram à Rússia recuperar um aliado do tempo da era soviética, a Moldávia, um pequeno país estrategicamente situado entre a Roménia e a Ucrânia, e ganhar um aliado no seio da União Europeia, a Bulgária.

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