Ódio social cresce nos Estados Unidos desde a eleição de Trump

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Suásticas, insultos homofóbicos, grafitis numa igreja em Dean Blossom, no Indiana, são apenas alguns exemplos dos 400 crimes de ódio constatados nos Estados Unidos, desde a eleição de Donald…

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Suásticas, insultos homofóbicos, grafitis numa igreja em Dean Blossom, no Indiana, são apenas alguns exemplos dos 400 crimes de ódio constatados nos Estados Unidos, desde a eleição de Donald Trump.

Um tipo de incidentes que está em forte crescimento desde há uma semana, segundo o Southern Poverty Law Center, um observatório contra o ódio, dirigido por Mark Potok:

“O que observamos é que a maioria desses crimes são dirigidos a imigrantes e muçulmanos. Mas há também muitos crimes de ódio contra os negros”, afirma.

O ódio é destilado nas redes sociais, onde muitas vítimas ou testemunhas têm postado detalhes sobre este tipo de incidentes. Mesmo as crianças participam, quer como agressoras, quer como vítimas, denuncia um pai de família:

“Começaram a dizer-lhe (ao meu filho) , bom tu és mexicano tens que ir para outra escola e a seguir voltas para o México”.

O Southern Poverty Law Center responsabiliza Donald Trump e a sua campanha eleitoral por ter levantado os tabus sobre os discursos e as acusações racistas. Trump foi repetindo alegremente ofensas e acusações. No dia 5 de março de 2016, por exemplo, afirmava: “Temos um presidente terrível que é afro-americano e nunca tivémos tantas divisões sobre isso como agora”.

Adorado pelos grupos de extrema direita por ter ousado questionar a nacionalidade de Obama, Trump renegou-os ao longo da campanha, mas não conseguiu evitar que, na noite da eleição, David Duke, um antigo líder do Klu Klux Klan, tenha tweeado:
“Os nossos desempenharam um papel enorme na eleição de Donald Trump”.

E só cinco dias após a eleição Donald Trump, numa entrevista à CBS, se distancia dos crimes de ódio que é acusado de ter incitado durante toda a campanha:
“Estou muito entristecido por ouvir isto e peço que parém! Se ajudar em alguma coisa vou fazer isto, vou olhar para a câmara e dizer, parém!

Mas, para Mark Potok isto não chega:
“Penso que a resposta de Donald Trump a esta onda de crimes de ódio chega tarde demais, é curta e demasiado hipócrita. A realidade é que Donald Trump andou a deitar lenha na fogueira”.

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