Netanyahu convoca embaixador dos EUA em Israel por causa de abstenção na ONU

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De  Antonio Oliveira E Silva
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Telavive convocou o embaixador dos EUA, Daniel Shapiro, para protestar contra a abstenção do aliado no Conselho de Segurança.

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Com Reuters e Lusa

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, convocou o embaixador dos Estados Unidos em Israel, Daniel Shapiro, para protestar contra a abstenção no Conselho de Segurança das Nações Unidas relativamente à resolução que pedia o fim da construção nos Territórios Palestinianos ocupados.

Não houve qualquer declaração oficial de nenhuma das partes depois do encontro.

Vários embaixadores foram também chamados ao ministério israelita dos Negócios Estrangeiros (Assuntos Exteriores) no domingo
para ouvir os protestos do Executivo hebreu.

Domingo é um dia útil no Estado de Israel, mas a maioria das representações consulares encontram-se fechadas. Além disso, o facto de que os embaixadores tenham sido chamados no dia de Natal é visto como uma decisão pouco habitual.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu criticou de forma contundente a decisão dos Estados Unidos no Conselho de Segurança.

Chegou mesmo a repetir o que um membro do seu Executivo dissera anteriormente:

Que os Estados Unidos tinham feito uma “conspiração com as autoridades palestinianas” para que a resolução fosse aprovada.

As acusações foram imediatamente rejeitadas por Washington.

Em declarações aos jornalistas, depois de uma habitual reunião semanal entre membros do Governo, o primeiro-ministro israelita disse que as negociações de paz seriam, a partir de agora “mais complicadas.”

“Como disse ao secretário de Estado John Kerry, os amigos não levam amigos para o Conselho de Segurança. Graças ao que disseram os nossos amigos nos Estados Unidos, Republicanos e Democratas entendem que o muro não é território ocupado”, disse Netanyahu.

A abstenção dos Estados Unidos na votação pôs fim a décadas de apoio incondicional do país a Telavive, enquanto membro do Conselho de Segurança da ONU.

A resolução aprovada na sexta-feira pelo Conselho de Segurança exorta Israel a “cessar imediata e completamente qualquer atividade de colonização em território palestiniano ocupado, incluindo Jerusalém Oriental”.

Foi apresentada pela Venezuela, pela Nova Zelândia, pela Malásia e pelo Senegal, aprovada com 14 votos a favor e nenhum contra.

Uma vez que nenhum dos quatro países conta com representação diplomática em Telavive, nenhum membro do corpo diplomático destes Estados foi convocado.

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